Claraboias são aberturas existentes no topo dos edifícios, dos mais variados formatos, que se destinam a permitir a entrada de luz para o interior.

O nosso Porto é um dos locais onde podemos observar estas maravilhas da arquitetura e engenharia. Das mais trabalhadas às mais modestas, apresentamos alguns dos exemplos com os quais nos deparámos.

 

 

 

 

Uma fração comercial e dezassete frações habitacionais no edifício Garrett, um projeto de reabilitação com a assinatura Houselab, acabam de ser colocadas no mercado imobiliário do Porto.

O edifício destaca-se pela sua localização, no coração da baixa do Porto, pela sua dimensão que permite a construção de oito frações habitacionais. De realçar também as soluções tradicionais a que já nos habituamos no edificado da baixa do Porto, as cantarias em pedras, os tetos ornamentados e a escadaria em madeira iluminada pela tradicional clarabóia.

Localização do empreendimento: Ver no Google Maps.

Dia de visita de acompanhamento de obra ao edifício Raul Brandão. Os trabalhos a decorrer pertencem a uma fase preliminar cujo objetivo é a verificação e análise do edifício e respetivos sistemas construtivos, que servirão posteriormente de apoio à execução do projeto. De momento, está a ser realizada a decapagem das molduras em pedra da envolvente dos vãos com recurso a ferramenta adequada para bujardar. A verdadeira essência do edifício está sob os seus revestimentos.

Hoje foi dia da Houselab acompanhar os últimos trabalhos de tratamento de uma empena. Com o principal objetivo de fazer o tratamento de pontes térmicas, o presente trabalho consistiu na projeção de espuma rígida de poliuretano, com 4 cm de espessura, aplicada diretamente sobre o paramento, e consequente aplicação de painel impermeabilizante, formado por placas trapezoidais de aço galvanizado de 0,6mm de espessura, pré-lacado, fixos à parede meeira através de um travejamento de ripas metálicas.

pavimento de madeira

A avaliação de estruturas de madeira requer conhecimentos específicos provindos de diferentes fontes e áreas técnicas, devendo estas serem complementares e aferidas por meio do uso de uma metodologia de inspeção e diagnóstico sistemática e rigorosa.

degradação em estruturas de madeira
A madeira é usada como material estrutural há milhares de anos. Como resultado, chegaram, até ao presente dia, inúmeras estruturas deste tipo, umas com valor patrimonial, outras de uso corrente. Uma grande maioria destas estruturas apresentam manifestações patológicas que as limitam em serviço, sendo necessário proceder a diversas avaliações e intervenções.

Antes de qualquer intervenção, deve ser feito um diagnóstico profundo e preciso das causas do desempenho inadequado da estrutura, diagnóstico esse que deve ser baseado em evidências documentais/históricas, inspeções e análises estruturais, e quando necessário complementado por medição dos parâmetros físicos e propriedades mecânicas do material e dos elementos. No entanto, tal diagnóstico não deverá impedir a realização de intervenções menores e de tomada de medidas preventivas ou de emergência.

No caso de reabilitação de estruturas antigas dever-se-á também ter em conta a utilização de materiais e técnicas adequadas e promover a condição de reversibilidade da intervenção ou, caso não seja tecnicamente possível, que estas não prejudiquem ou impeçam futuros trabalhos de preservação.

Um dos pressupostos usualmente assumidos na inspeção e diagnóstico de estruturas existentes é que estas continuarão a servir as suas funções adequadamente em circunstâncias de solicitação e uso normais, tendo em conta que o seu desempenho no passado lhe permitiu alcançar a atualidade. No entanto, no caso das estruturas de madeira, é muito importante ter em conta os processos de degradação física do material, assim como eventuais defeitos que tenham influenciado a variação das propriedades físicas e mecânicas dos elementos.
No que concerne à avaliação em obra de elementos estruturais de madeira, existem vários métodos, sendo que a sua escolha depende da informação que se pretende recolher. Alguns desses testes individuais foram resumidos no relatório de estado de arte da comissão RILEM TC 215 [In Situ Assessment of Structural Timber], onde se refere que a avaliação de elementos de madeira em construções históricas deve respeitar as seguintes tarefas: 1) inspeção visual; 2) identificação da espécie de madeira; 3) medição do teor em água; e 4) avaliação de propriedades mecânicas de referência.

degradação em estruturas de madeira
Apesar, de numa perspetiva global, todos esses testes e procedimentos terem o objetivo de promover uma melhor caraterização do material, individualmente só permitem recolher informação sobre uma determinada propriedade ou parâmetro específico. Dessa forma, é necessário considerar uma metodologia que permita, através de diferentes fases, analisar a estrutura de forma integrada, utilizando informação combinada de diferentes fontes.

O processo de inspeção, diagnóstico e avaliação da segurança de estruturas de madeira é um processo multidisciplinar que, por incontáveis condicionantes, enfrenta diversas dificuldades. Uma delas deriva do uso de regulamentos atuais para tentar avaliar estruturas que foram construídas muito antes de aqueles existirem. Concomitantemente, persiste uma alargada falta de formação relativamente à reabilitação de estruturas em madeira e às técnicas de construção neste material, sendo difícil encontrar em Portugal mão-de-obra especializada para este fim. Todavia, o fator que porventura implicará as maiores dificuldades será a correta atribuição de valores de resistência aos elementos, assim como a definição do seu estado de conservação/degradação. Dever-se-á mencionar também que, por vezes, o sistema de carregamento poderá não ser óbvio na primeira análise, e alterações durante a vida útil da estrutura poderão ter influenciado fortemente o desempenho atual da estrutura.

pavimento - estruturas de madeira

Da metodologia de inspeção e diagnóstico de estruturas em madeira referida anteriormente, deverá ser salientado que, embora as técnicas tradicionais referidas (inspeção visual e ensaios não destrutivos) possam ser aplicadas facilmente por pessoal menos especializado, a caraterização da estrutura e de zonas críticas, bem como a modelação do funcionamento estrutural e o planeamento de eventuais intervenções de correção só estarão ao alcance de pessoal técnico especializado.

ensaio - estruturas de madeira ensaio em estruturas de madeira

Na fase de verificação de segurança, é comum verificarem-se dificuldades e erros na modelação dos elementos e sistemas, como por exemplo admitir que determinadas ligações entre elementos funcionem, quando estas, devido à sua configuração, não permitem transmitir determinados esforços. Assim, na maior parte das vezes, a dificuldade reside em modelar a estrutura tendo em conta o estado de equilíbrio analisado in situ, e não assumindo indiscriminadamente pressupostos baseados em códigos ou normas.

Uma fração comercial e cinco frações habitacionais no edifício Raul Brandão, um projeto de reabilitação com a assinatura Houselab, acabaram de ser colocadas no mercado imobiliário do Porto.

O edifício destaca-se pelas soluções tradicionais em excelente estado de conservação, como os tetos estucados esculpidos ou as cantarias de pedra antigas, e por um pé direito invulgar em edifícios semelhantes, o que permitiu a criação de um módulo flexível para um melhor aproveitamento do espaço interior.

Raul Brandao by Houselab - pormenor teto - Baixa do Porto

O caderno comercial do edifício pode ser consultado abaixo:

Caderno comercial

Localização do empreendimento: Ver no Google Maps.

As fases que constituem o processo de reabilitação de um edifício são as seguintes:

1ª Fase – Viabilidade da intervenção

Análise de fatores económicos, do seu estado de conservação e das restrições relacionadas com casos irregulares de ocupação.

Levantamento preliminar

Levantamento preliminar da condição de estado do edifício.

2ª Fase – Estudo de diagnóstico

Elaboração de um estudo de diagnóstico das patologias que o edifício apresenta, incluindo no mesmo propostas de soluções de reparação e uma estimativa dos custos unitários.

Estudo prévio de inspeçao e diagnoctico

Estudo prévio de inspeção e diagnóstico

3ª Fase – Definição da estratégia de intervenção

Dependendo da disponibilidade financeira, o dono-de-obra define a estratégia a seguir através de uma análise técnico-económica. Justifica-se a inclusão de uma etapa adicional dentro desta fase, denominada experimentação, apenas em situações com patologias muito complexas, e que consiste na experimentação das tecnologias propostas numa área limitada do edifício.

Amostra de material

Amostra de membrana impermeabilizante transparente de base acrílica em fachada

4ª Fase – Elaboração do projeto de execução

O projeto de execução é constituído pela memória descritiva e justificativa, pelo caderno de encargos, por medições, por desenhos gerais e por desenhos de pormenor.

projeto de reabilitação

Pormenor em projeto de reabilitação

5ª Fase – Obtenção de propostas

Receção das propostas de todas as empresas que manifestaram interesse na realização da empreitada.

6ª Fase – Análise técnico-económica das propostas

Elaboração de um relatório sobre a apreciação das propostas por parte do projetista.

7ª Fase – Controlo dos trabalhos de reabilitação

Contratação da equipa de fiscalização para controlo técnico e financeiro dos trabalhos de reabilitação a executar e adjudicação da obra. Execução da obra.

obra fachada

Obra de reabilitação em fachada