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Os ensaios de corrosão têm como objectivo avaliar o comportamento dos materiais à corrosão.

Esta avaliação pode ser realizada recorrendo a ensaios electroquímicos ou a ensaios de exposição de longa duração a ambientes simulados.

Ensaios aplicáveis

  • Análises de falha de corrosão
  • Corrosão microbiológica
  • Monitorização da corrosão
  • Protecção catódica
  • Selecção de materiais
  • Corrosão sob tensão
  • Avaliação de formação de fases intermetálicas em aços duplex
  • Investigação de mecanismos de degradação por corrosão
  • Fragilização por hidrogénio
  • Influência da soldadura no desempenho à corrosão

Ensaio de carbonatação do betão

Ensaios climáticos

Estes ensaios são utilizados para avaliar a resistência à corrosão de materiais com ou sem revestimento, quando expostos a meios específicos.

  • Ensaios de nevoeiro salino neutro, acético e com adição de cobre
  • Ensaios de humidade
  • Ensaio de SO2 (Ensaio de Kesternich)
ensaio-kesternich

Ensaio de Kesternich

Ensaios electroquímicos

Os ensaios electroquímicos convencionais são amplamente utilizados para avaliar os materiais quando à sua resistência à corrosão, nomeadamente:

  • Corrosão intersticial
  • Técnicas DC (polarização linear) e AC para caracterização electroquímica (impedância electroquímica)
  • Temperatura crítica de picada (CTP) e intersticial (CCT)
Ensaios sob a influência de cargas

A avaliação do desempenho dos materiais à corrosão pode ser realizada sob acção de carga, dinâmica ou estática.

A introdução deste factor no ensaio de corrosão tem como objectivo simular as condições de serviço a que os materiais estão sujeitos.

ensaio-carga

 

Sendo o betão, um dos principais materiais que constituem a infra-estrutura construída, as técnicas de reabilitação do betão, em particular do betão armado, revestem-se de grande importância.

Reparação e reforço de estruturas com betão projectado

A técnica de projecção de betão tem vindo a ser aplicada em trabalhos em que se procura um objectivo de carácter estrutural, como seja a reparação de estruturas de betão armado, ou a consolidação e reforço de paredes de alvenaria. Este método de colocação do betão dispensa o uso de cofragens e permite a aplicação mesmo em situações de difícil acesso, garantindo uma excelente aderência e durabilidade.

Injecção de resinas de epóxido para reparação estrutural

Este método de reparação consiste na injecção de resina de epóxido em fendas, fissuras ou vazios apresentados por elementos estruturais de betão (vigas, lajes, pilares, paredes), de forma a restabelecer o seu monolitismo.

Reforço com chapas e perfis de aço

O reforço de elementos estruturais de betão armado pode ser conseguido através da fixação de peças metálicas, destinadas a funcionar como armaduras exteriores.

Reforço por adição de polímeros reforçados com fibras de elevada resistência

Os trabalhos de reforço de estruturas de betão armado por adição de polímeros reforçados com fibras de carbono (CFRP) ou outras de elevada resistência constituem uma excelente alternativa aos sistemas de reforço tradicionais.

Reforço com pré-esforço exterior

Recorre-se ao pré-esforço exterior quando se verifica a necessidade de reforçar as estruturas, devido ao facto de as cargas actuantes não coincidirem com o que estava previsto no projecto inicial. Esta técnica consiste na colocação de cabos pós-tensionados ou barras de aço de alta resistência no exterior da estrutura, de modo a modificar as suas características resistentes.

Transferência de cargas

A transferência de cargas consiste na progressiva colocação em carga de novos elementos de apoio ou reforço, aliviando-se os elementos existentes. Esta técnica aplica-se na modificação ou reforço de elementos estruturais de betão ou de alvenaria e na substituição de aparelhos de apoio em pontes e viadutos.

Métodos electroquímicos (realcalinização, dessalinização e protecção catódica)

O principal problema associado com o betão armado é a corrosão das armaduras, resultante, principalmente, de carbonatação e contaminação pelos cloretos. A reparação convencional do betão deteriorado envolve a remoção mecânica do betão carbonatado ou contaminado por cloretos, seguida da sua substituição por material novo. Frequentemente, novas degradações surgirão em áreas vizinhas. A fim de parar a corrosão e prevenir a continuação da deterioração, a causa da corrosão terá que ser eliminada.

A realcalinização e a dessalinização, métodos de tratamento electroquímico, permitem reduzir os custos das intervenções e prolongar a vida útil da estrutura. Em muitos casos, a estrutura pode permanecer em serviço durante o tratamento, sem perigo para as pessoas ou o ambiente.

A protecção catódica é um método que tem por objectivo a prevenção ou o controlo da corrosão, e que pode ser usado quer em estruturas novas, quer em estruturas existentes e, neste último caso, em articulação com outras técnicas de reabilitação.

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