O crescimento global da produtividade na indústria da construção foi de apenas 1% ao ano nas últimas duas décadas, em comparação com um crescimento de 2,8% para o total da economia mundial e de 3,6% para a média da indústria transformadora (McKinsey Global Institute, 2017).

O setor tem um peso tão significativo na economia global que se estima que, se a produtividade da construção alcançasse o progresso de outros setores nos últimos 20 anos, conseguir-se-ia um aumento do valor acrescentado da indústria de 1,6 biliões de dólares por ano, valor que permitiria satisfazer metade das necessidades de infraestruturas em todo o mundo (McKinsey Global Institute, 2017).

É evidente a urgência de incrementar a sustentabilidade do setor e reduzir os seus impactos económicos, ambientais e sociais (O. Pons, 2014), dado que:

  • a construção, na Europa, é responsável por 36% dos resíduos produzidos e 23% das emissões de CO2;
  • 8% das emissões de CO2 no mundo vêm da produção de cimentos;
  • o betão representa quase 10% da demanda de água para o setor industrial (2 000 000 000 000 de litros de água potável por ano).

Há uma forte tendência para o incremento da procura de novas habitações a nível mundial.

Verifica-se uma dificuldade cada vez maior na contratação de mão-de-obra especializada para a construção tradicional.

Conclui-se que a indústria enfrenta dois enormes desafios: produtividade e sustentabilidade.